domingo, 31 de maio de 2015

Leitura Infantil

Ler é essencial e especialLer é essencial. Através da leitura, examinamos os nossos próprios valores e conhecimentos com os dos outros. Tal como as pessoas, os livros podem ser surpreendentes, formar e informar leitores, nos transportar para outros mundos possíveis e fazer de nós, indivíduos aprendizes e mestres. 

Escutar histórias é o início da aprendizagem para ser um bom leitor, tendo um caminho absolutamente infinito de descobertas e de compreensão do mundo.Os contos de fadas conseguem deixar fluir o imaginário e levar a criança a ter curiosidade, que prontamente é respondida no transcorrer da leitura dos contos. É uma possibilidade de descobrir o mundo colossal dos conflitos, dos impasses, das soluções que todos vivem e atravessam, de um jeito ou de outro, através dos problemas que vão sendo encarados ou não, resolvidos ou não, pelas personagens de cada história. 

Dessa forma, a leitura dos contos de fadas na Educação Infantil faz-se importante na formação das crianças que através deles poderão formar-se e informar-se sobre a vida e os ambientes que as cercam. 

O presente artigo abordará a Importância da Leitura dos Contos de Fadas na Educação Infantil. Teremos como objetivo a realização de um estudo acerca da Apresentação da Leitura para as crianças da Educação Infantil e dos contos de fadas e as formas pelas quais eles cativam os menores, permitindo uma perspectiva formativa. 

Para fundamentar este artigo, utilizaremos as teorias de kleiman (2007), Martins (2004), Khéde (1986), Lajolo (2002), Machado (1994), Coutinho (1997), Abramovich (1994), Villardi (1999), entre outros. 

A Apresentação da Leitura para as Crianças da Educação Infantil Sabemos que o primeiro contato que a criança tem com a leitura é através da audição, alguém está lendo para ela. É por meio dessa prática que a leitura vai se apresentando para a criança. Segundo Villardi (1999, p. 11): “Há que se desenvolver o gosto pela leitura, afim de que possamos formar um leitor para toda vida”. Quando chega a escola, a criança encontrará através da leitura, um mundo mágico, habitado por seres incríveis e que chamam a atenção dela. “A leitura seria a ponte para o processo educacional eficiente, proporcionando a formação integral do indivíduo”. (MARTINS, 1994, p.25). 

Por esse motivo notamos que é função primordial da escola ensinar a ler. É função essencial da escola ampliar o domínio da leitura e orientar por meio dos professores a escolha dos materiais de leitura. Cabe formalmente a escola desenvolver as relações entre leitura e indivíduo em todas as suas interfaces. 

Na Educação Infantil a apresentação da leitura tem por obrigação de vir acompanhada de entusiasmo pelo professor, e este, deve atuar como mediador para que a leitura se desenvolva com todo vigor entre os pequenos. “Para formar leitores devemos ter paixão pela leitura”. (KLEIMAN, 2007, p. 15). 

Ao ouvir a leitura ou relato de uma história, as crianças, mesmo caladas, participam ativamente do enredo narrativo, conseguem caracterizar as personagens e comunga da linguagem em que o relato vai sendo feito. 

Em nossa prática docente, o objetivo que procuramos atingir na formação do leitor é que a criança consiga diverti-se, chorar, admirar-se, ficar extasiada diante de uma história envolvente que ouve ou realiza a leitura. 

O primeiro contato com a leitura deve ser uma fonte de entretenimento, prazer e valorização da própria leitura. Algumas crianças têm a sorte de morar num lar que a leitura faz-se presente desde berço. Outras só têm a sorte de encontrá-la ao chegar na escola. É muito importante que pais e professores valorizem e incentivem o ato de ler. É comum observarmos crianças da Educação Infantil que têm exemplos de leitores em casa, pegar um livro e começar a lê-lo sem saber ler. Segundo Lajolo (2002, p. 7): “quanto mais abrangente a concepção de mundo e de vida, mas intensamente se lê, numa espiral quase sem fim, que pode e deve começar na escola, mas não pode (nem costuma) encerrar-se nela”. O incentivo ou estímulo é a peça-chave para formar leitores. 

O tempo que o professor tem em contato com as crianças dentro da escola é muito valioso e durante esse tempo, ele deve propor situações para que estas, possam tornar-se leitores apaixonados pela leitura. 

Segundo os PCNs, 1997, p.58: “para tornar os alunos bons leitores – para desenvolver, muito mais do que a capacidade de ler, o gosto e o compromisso com a leitura – a escola terá de mobilizá-los internamente, pois aprender a ler (e também ler para aprender), requer esforço”. 

Esse esforço deve ser entendido como do professor na tentativa de fazer uma apresentação da leitura de forma cativante, despertando nas crianças curiosidades, simpatia e admiração pelo livro. Também deve ser entendido como do aluno, no sentido dele querer aprender a ler, gostar de ler e também dos incentivos dos pais que fará diferença na formação de crianças leitoras. 

De acordo com o Referencial curricular nacional para a Educação Infantil, 1998, p.135: 
O ato de ler é cultural. Quando o professor faz uma seleção prévia da história que irá contar para as crianças, independente da idade delas, dando atenção para a inteligibilidade e riqueza do texto para a beleza das ilustrações, ele permite às crianças construírem um sentimento de curiosidade pelo livro (ou revista, gibi, etc) e pela escrita. 

É interessante que os professores da Educação Infantil organizem um ambiente especial para os livros na sala de aula, criem rodas de leituras, num clima aconchegante e prepare um ambiente que entusiasme os alunos, fazendo com que eles construam uma relação prazerosa com a leitura. Os professores podem e devem ler contos de fadas para cativar as crianças. 

Contos de Fadas: Histórias que Cativam O texto ficcional amplia e mobiliza os limites do imaginário pessoal e coletivo. Enquanto alguém lê ou conta histórias, nós nos reportamos ao ambiente em que acontece o fato narrado e participamos do enredo. 

Dentre os inúmeros textos pertencentes ao domínio estético/artístico temos o conto. “O conto é um relato em prosa de fatos fictícios” (KAUFMAN & RODRÍGUEZ, 2005, p. 21). Este relato quando lido ou ouvido tem o poder de despertar no leitor uma gama de sentimentos indescritíveis, porque consta de três momentos perfeitamente diferenciados: O conto começa apresentando um estado de equilíbrio, dá lugar a uma série de episódios que se convertem em conflitos e culmina com a resolução destes conflitos no estágio final. 

O conto pode ser uma espécie de sonho voluntário ou qualquer história que o autor quiser chamar de conto. Nos contos vemos aflorar sutilmente uma fatia da vida real e é essa relação que o faz despertar em nós muito interesse. 

A fantasia dos contos de fadas é fundamental para o desenvolvimento da criança. Há significados mais profundos nos contos de fadas que se contam na infância do que na verdade que a vida adulta ensina. 

Nos contos surgem relatos surpreendentes de histórias simples e doces, porque contar histórias é a arte de capturar os mistérios da vida em palavras. 

Segundo Rocha, 2003, p. 4: A palavra conto, usada para designar uma história curta, somente ficou popular depois que os irmãos Grimm criaram uma coletânea de narrativas tradicionais chamada contos para crianças e famílias. A partir do sucesso desta obra, que foi publicada no ano de 1812, em diversos países, contos de fadas foram recolhidos e organizados para a leitura das crianças. 

São variados os motivos que nos faz prestar atenção a um bom conto e desde criança até a fase adulta todos nós nos debruçamos para ouvir um bom conto porque ele tem o poder de nos cativar. 

Contos de fadas como o próprio nome diz, são histórias que se absorve nos poderes mágicos das fadas, dos magos ou de algum outro ser dotado de poderes sobrenaturais. Machado, 1994, p. 44: enfatiza que “Fadas: são os seres que fadam, isto é, orientam ou modificam o destino das pessoas. Fada é um termo originado do latim fatum, que significa destino”. 

Os contos de fadas ou os contos maravilhosos (com ou sem fadas) têm suas origens em um passado muito longínquo. 

Khéde, 1986, p. 16, fala que: As origens dos contos de fadas são as mais diversas. Proveniente de contos folclóricos europeus e orientais, há neles um interessante cruzamento de princípios, entre os quais predominam os judaicos- cristãos e os da vertente mística da antiguidade greco-latina. 

Podemos observar que aqui no Brasil os nossos contos de fadas tiveram origem europeia e oriental. Citamos os contos dos irmãos Grimm e Charles Perrault, como exemplo. 

Os contos de fadas encantam, comovem e educam indiretamente. Devem estar presentes nos trabalhos escolares, principalmente na Educação Infantil. 

As histórias infantis são contos bem antigos e ainda hoje podem ser consideradas verdadeiras obras de arte, lembrando sempre que seus enredos falam de emoções comuns a todos nós, como: inveja, medo, ódio, ciúme, ambição, rejeição e decepção, que só podem ser compreendidos e vivenciados pela criança através das emoções e da fantasia. Os contos de fadas trabalham como instrumentos para a descoberta desses sentimentos dentro da criança e muitas vezes de adultos, pois são capazes de nos envolver em sua teia, de nos excitar a mente e comover-nos com a sina de suas figuras. 

Os contos de fadas podem ser lidos pelo professor e este, ter como objetivo ensinar as crianças valores como não mentir (Pinóquio), a não desobedecer à mãe (Chapeuzinho vermelho), entre outros. 

É através da leitura diária dos contos de fadas que o professor da Educação Infantil conseguirá fazer com que os pequenos absorvam a perspectiva formativa dos contos e recebam os valores morais e cristãos da vida em sociedade. 

Leitura de Contos de Fadas e Educação Infantil: uma perspectiva formativa Os contos de fadas exercem um grande fascínio nas crianças, são caminhos de descoberta e compreensão do mundo. Segundo Bettelheim: "O conto de fadas procede de uma maneira consoante ao caminho pelo qual uma criança pensa e experimenta o mundo; por esta razão os contos de fadas são tão convincentes para elas". 

Os contos de fadas contribuem muito na formação da personalidade, ajudam as crianças a entenderem um pouco melhor este mundo que as cercam. Se no processo de ensino se desse uma atenção especial ao emocional que existe em cada uma das crianças, este mundo seria bem melhor! 

Os contos começam de maneira simples e partem de um problema ligado à realidade como a carência afetiva de Cinderela, a pobreza de João e Maria ou o conflito entre filha e madrasta em Branca de Neve. Na busca de soluções para esses conflitos, surgem as figuras “mágicas”: fadas, anões, bruxas malvadas. E a narrativa termina com a volta à realidade, em que os heróis se casam ou retornam ao lar. 


Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado 
http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/30151/a-importancia-da-leitura-dos-contos-de-fadas-na-educacao-infantil#ixzz3bhrZ29Ke

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